Arquitetando uma Queda

Belford trabalhava duro em seu santuário quando ele soube que a hora era essa.
Muitas coisas podem acontecer a um mago. De todos os seres sobrenaturais, os artificies da vontade são os que mais lidam com os outros.
Magos cruzam os caminhos das feras, das fadas, dos vampiros, de demônios...
Mas o que dizer dos magos que não se satisfazem em apenas conhecê-los e acabam se deixando levar por seus encantos, esquecendo do que realmente são?
Barabi.
Este foi um termo usado pelos velhos Al i Batin para designar os caidos entre os magos, aqueles que um dia juraram fidelidade ás tradições mágicas, mas que sucumbiram aos encantos do abismo, seja por poder, seja por convicção...
Belford era um dos líderes das casas Herméticas no passado. Um comandante da casa Titalus, um Warlock poderoso.
Mas a vida lhe pregou uma peça, e para salvar a vida de uma pessoa amada, entregou sua alma aos senhores do caos e da morte.
Hoje, muitos séculos depois daquela pessoa que ele amava ter morrido, apenas para lembrá-lo do preço altissimo que pagara por relativamente nada, ele vive, esperando por vingança.
Vingança contra aqueles que podiam ter ajudado, mas nada fizeram. Vingança por aqueles que podiam tê-lo avisado, mas que se omitiram.
Durante muito tempo, ele procurou por nove aliados. Membros que como ele, tinham uma história de vingança para contar.
Eles fundaram então o Black Concil. Um arremedo do Conselho das nove tradições.
E esse grupo esperou muitos anos para agir.
Agora é o momento.
Magos fracos e corrompidos, vampiros e outras aberrações povoam a guerra da ascensão.
A tecnocracia devora a si mesma por dentro.
Hora de uma facção subestimada e ignorada tomar o controle do conflito.
Hora dos magos pagarem por seus crimes.
Um deus Quimérico esquecido?
Um velho demônio buscando por poder novemente?
Uma Succubus que pensa que tudo isso é plano dela?
Talvez os membros do Conselho Negro estejam rindo sobre como é fácil manipular criaturas arrogantes.